"Tratava-se de um terreno de 42m por 32m mais ou menos e a nossa tarefa, projetar um centro de atividades comunitárias do SESC. Um programa complexo, incluindo restaurante, sala polivalente, salão de exposição, biblioteca, administração, salas de estar e atividades recreativas.
Primeiro fixamos o hotel propriamente dito. Um bloco de 14 pavimentos no qual se adaptariam os demais setores do programa. E criamos os acessos, as estações de serviço dos andares e, em 8 pavimento resolvemos o problema dos 120 quartos, ficando os 6 andares restantes destinados àqueles setores mencionados.
A solução previa os acessos nas extremidades do lote. Queríamos um térreo livre , amplo, convidando as pessoas a nele ingressar curiosas. E nele largas escadas foram previstas. Uma, ligando o térreo ao restaurante e outra, à sala polivalente, além da churrascaria no fundo do terreno, completando com o restaurante, no primeiro andar, o programa de refeições desejado. E a perspectiva da entrada que desenhamos nos tranquilizou, sentindo como o ambiente seria convidativo e acolhedor. Popular como o SESC preferia.
Passamos então à sala polivalente. Um salão simples, mas diferente, com parte da plateia deslizante, podendo assim manter o público em frente ou à volta do palco, como um simples teatro de arena. E essa mobilidade nos satisfez, imaginando as variações cênicas que possibilitariam a curiosidade que um teatro tão simples e despretensioso poderia despertar. E estudamos seu subsolo, procurando dentro dos exíguos espaços disponíveis o apoio indispensável para o palco, localizando depois os camarins, escritórios, serviços técnicos, etc. E voltamos ao bloco principal aos 6 pavimentos previstos no programa e as áreas nos pareciam corretas, aptas para as divisões futuras que o SESC irá definir.